quinta-feira, 21 de junho de 2012

Sintese Reflexiva


Introdução

O dicionário Aurélio diz que gerir e administrar são os atos de:

“Gerir; v. tr. e intr.
1. Administrar, dirigir (negócios).”

“Administrar; v. tr.
    1. Exercer a administração de.
    2. Dirigir superiormente.
    3. Subministrar, conferir.
    4. Ministrar, aplicar.”

O que são conceitos vagos de mais, que não englobam a complexidade destes atos. Administrar/Gerir poderia ser melhor definido como: a capacidade de utilizar de maneira eficiente um determinado método para alcançar um objetivo, ou então de maneira mais simples, a capacidade de conduzir algo em direção a um objetivo. Durante toda sua história a humanidade vem tentando encontrar maneiras diferentes de fazer a mesma coisa. Investir seu tempo de maneira mais eficiente.

Em seus primórdios a humanidade gastava praticamente todo seu tempo na obtenção de alimentos, o que dificultava a prática de qualquer outra atividade. Finalmente, com a percepção de que era possível cultivar seu próprio alimento, o homem teve tempo para se focar em matérias não tão urgentes quanto a sua sobrevivência. Era então possível investir esse tempo em maneiras de tornar suas atividades – agora rotineiras – menos penosas, mais eficientes e produtivas. Claro que muito antes disso já existiam líderes, artífices, e estratégias de combate e caça. A vida na Terra sempre girou em torno disso.

Por mais que o termo administração venha a surgir apenas muito tempo depois, é impossível não perceber suas implicações. Até mesmo os animais a usam. Quem nunca se deparou com um formigueiro? Ou uma colmeia de abelhas? Chega a ser provável supor que os humanos tenham se inspirado em algum animal para criar seus métodos.

O que nos difere do restante dos seres vivos do planeta é, a capacidade de avaliar os resultados de nossas ações de uma maneira muito mais clara, ou, racional. A capacidade do homem de refletir sobre suas ações foi o que tornou possível o que hoje conhecemos como sociedade moderna.


A Tecnologia e a Gestão

            Analisando a história é possível identificar diversas ocasiões onde mudanças tecnológicas contribuíram de maneira significativa para as formas de gestão adotadas pelos empreendedores. Algumas destas façanhas foram feitas a milhares de anos e continuam nos impressionado pela sua complexidade, obras que mesmo hoje seriam de uma dificuldade extrema. Podemos citar obras arquitetônicas como as Pirâmides, a Grande Muralha, as Acrópoles, entre outras que denotaram um planejamento gigantesco, obras que sem um grande líder, com um vasto conhecimento e técnicas avançadas de gestão nunca teriam sido possíveis.

            Algumas formas de gestão nunca teriam sido possíveis caso alguns acontecimentos não ocorressem em um determinado espaço de tempo. O melhor exemplo disto foi a Revolução Industrial onde ocorreram diversas transformações que mudaram para sempre a forma como o homem vê o trabalho. A partir dela o trabalhador teve uma desvalorização que ainda nos dias de hoje não foi reconquistada. Mas é certo afirmar que ela não foi de fato uma revolução, e sim uma consequência de eventos que se sucederam.

            A revolução industrial começa com alguns pensadores discutindo o papel e a interferência do estado na economia, somente depois deles prepararem o terreno é que foi possível que as mudanças necessárias ocorressem. Sem este pano de fundo, todo o resto não teria acontecido simplesmente porque não haveria motivo para produção em grandes escalas, uma vez que o protecionismo impediria que os países exportassem seu excedente a preço competitivo.

Antes da invenção da maquina a vapor, por exemplo, existiam barreiras virtualmente intransponíveis. Era impossível que qualquer bem produzido longe de uma rota marítimo-fluvial tivesse um preço razoável pelo simples fato de que transportar qualquer coisa por via terrestre era extremamente caro, ineficiente e demorado. Lembrando que o único meio de tração terrestre era por meio animal, o que limitava tanto a velocidade, como a quantidade que poderia ser transportada desta forma. Outro problema era que as matérias-primas demoravam à ser transformadas em outra coisa, a maneira mais rápida de se processar determinados insumos era utilizar a força dos rios, com grandes rodas da agua, ou em alguma locais, com cata-ventos, mas fora dessas localidades a única forma de mover algum mecanismo era por tração animal.

Esses dois fatores traziam outro problema, a falta de regularidade na disponibilidade de materiais para a confecção de qualquer coisa em larga escala e mesmo que por coincidência, houvesse uma fonte de matéria-prima, próxima a uma unidade de transformação do lado de uma indústria manufatureira, não haveria como levar o produto final com facilidade para outras localidades a menos que houvesse um grande porto na cidade. Percebesse que são poucas as cidades que poderiam oferecer tais condições.

Com a invenção do motor a vapor algumas coisas começaram a mudar, e a indústria q inicialmente mais se beneficiou desta invenção foi a têxtil, principalmente na Inglaterra, que por “coincidência” era uma grande zona portuária.

Apenas com a invenção do trem e com a disseminação das estradas de ferro foi possível que pela primeira vez na história houvesse uma maneira, rápida, segura, eficiente, barata e contínua que não dependesse da boa vontade dos deuses do vento para funcionar. Foi só então que foi possível o surgimento das famosas produções em massa, motivo principal pelo qual a revolução industrial ficou conhecida.

Estas mudanças possibilitaram que estudiosos da época focassem em tornar os processos mais eficientes e não só os processos em si, mas também as pessoas que executavam estes processos. Tudo isso formou uma base sólida para as teorias que empregamos hoje em administração e gestão, tanto de produtos, processos e materiais como de pessoas.


Gestão nos Dias de Hoje

Atualmente estamos vivendo a era da informação e da globalização, outra consequência dos efeitos da tecnologia sobre os processos de administração. Hoje mais do que nunca é essencial ter uma visão do todo, pois tudo sofre interferência de tudo. Aquele que não presta atenção nas mudanças globais fica para traz em questão de meses. Cada vez mais foca-se na gestão de pessoas e da informação, que são os maiores problemas das organizações nos dias de hoje.

Criaram-se diversos modelos para tentar controlar e monitorar as organizações, muitos deles baseados em hierarquias utilizadas a milhares de anos pela igreja e os exércitos. Tenta-se ao máximo criar grupos de controle para ter maior domínio de cada etapa dos processos. Já se tem consciência que cada parte da organização faz parte de um todo, muito maior e mais importante que cada órgão separado.

É importante também que lembremos que estão aparecendo desafios e obstáculos importantes a serem superados. Sustentabilidade, é sem duvida o maior e mais importante que temos pela frente, já se percebe que não vivemos em um planeta com recursos infinitos, e que no atual ritmo do mundo, o colapso é inevitável. Mudanças são exigidas, e as organizações que não se aterem a elas, sem duvida perecerão, os modelos que regem o mundo serão substituídos e uma nova revolução terá inicio. Estamos fazendo parte dela, assim como os pensadores da época do protecionismo econômico, somos os “Adam Smith’s” da nova revolução, desenvolvendo um papel crucial, na mudança de pensamento do mundo.


Conclusões

            A história tem nos ensinado, valiosas lições que podemos ou não aprender. Organizações que não olham para o passado estão fadadas a cometer os mesmos erros de seus antepassados e pagar por eles em moeda corrente. Cada organização é única, e possui métodos, ferramentas, planos e estratégias que funcionam e outras tantas que são inaplicáveis, porem todas tem coisas em comum, sempre é preciso se olhar para o todo, sempre se deve valorizar o fator humano, sempre deve haver comunicação clara entre as partes, deve ser competitiva, inovadora, ter um norte e aceitar que certas ideias não farão bem, entre tantas outras coisas. O principal é sem duvida, saber observar ao redor, aprender com seus erros, se levantar e ir em frente, saber ouvir e o que mais falta hoje, ter consciência e educação.


Guilherme Thomas

PS. Buriol, este blog é meu, eu não copiei daqui o trabalho... :)

sábado, 31 de março de 2012

Liderança e Comunicação



Liderança é a capacidade de influenciar um individuo a realizar determinada ação. Marx Weber define a liderança em três tipos de coação: seja pela autoridade, respeito ou carisma.
 Líderes autoritários tendem a ser temidos devido à possibilidade real, ou imaginária, de punição em caso de desacato, comunicando-se principalmente por meio de ordens apoiadas em procedimentos burocráticos e são comumente encontrados em cargos de chefia na maioria das empresas. Alguns ótimos exemplos de organizações autoritárias são os exércitos, órgãos de segurança em geral, como as polícias e também as entidades religiosas.
Relações de dominação tradicionais são à base de muitas culturas orientais, onde a liderança é exercida pelo homem mais velho (nas sociedades patriarcais) ou em alguns raros casos pela mulher mais velha (sociedades matriarcais). A base desta conduta é a cultura de respeito e honra, podendo ser exercida também por pessoas memoráveis que conquistaram esse grau de respeito. Como exemplo de patriarcalismo, podemos citar as culturas japonesa, mongol e chinesa, já culturas matriarcais são mais raras as mais conhecidas são adotadas por algumas tribos africanas.  
O atributo do carisma é o definidor do ultimo tipo de liderança destacado por Weber em seus estudos, e também é a liderança que exerce maior poder sobre os indivíduos. Pessoas carismáticas utilizam de seu atributo desenvolvido, para influenciar as pessoas a executarem suas ordens, que podem passar despercebidas devido à conduta do líder. Como exemplo de lideres carismático podemos citar Lula, ex-presidente do Brasil, Gandhi, Nelson Mandela entre outros, que através de seu enorme carisma, convenceram populações inteiras a apoiarem suas causas.

                                               Guilherme Thomas – Segurança Pública