quinta-feira, 21 de junho de 2012

Sintese Reflexiva


Introdução

O dicionário Aurélio diz que gerir e administrar são os atos de:

“Gerir; v. tr. e intr.
1. Administrar, dirigir (negócios).”

“Administrar; v. tr.
    1. Exercer a administração de.
    2. Dirigir superiormente.
    3. Subministrar, conferir.
    4. Ministrar, aplicar.”

O que são conceitos vagos de mais, que não englobam a complexidade destes atos. Administrar/Gerir poderia ser melhor definido como: a capacidade de utilizar de maneira eficiente um determinado método para alcançar um objetivo, ou então de maneira mais simples, a capacidade de conduzir algo em direção a um objetivo. Durante toda sua história a humanidade vem tentando encontrar maneiras diferentes de fazer a mesma coisa. Investir seu tempo de maneira mais eficiente.

Em seus primórdios a humanidade gastava praticamente todo seu tempo na obtenção de alimentos, o que dificultava a prática de qualquer outra atividade. Finalmente, com a percepção de que era possível cultivar seu próprio alimento, o homem teve tempo para se focar em matérias não tão urgentes quanto a sua sobrevivência. Era então possível investir esse tempo em maneiras de tornar suas atividades – agora rotineiras – menos penosas, mais eficientes e produtivas. Claro que muito antes disso já existiam líderes, artífices, e estratégias de combate e caça. A vida na Terra sempre girou em torno disso.

Por mais que o termo administração venha a surgir apenas muito tempo depois, é impossível não perceber suas implicações. Até mesmo os animais a usam. Quem nunca se deparou com um formigueiro? Ou uma colmeia de abelhas? Chega a ser provável supor que os humanos tenham se inspirado em algum animal para criar seus métodos.

O que nos difere do restante dos seres vivos do planeta é, a capacidade de avaliar os resultados de nossas ações de uma maneira muito mais clara, ou, racional. A capacidade do homem de refletir sobre suas ações foi o que tornou possível o que hoje conhecemos como sociedade moderna.


A Tecnologia e a Gestão

            Analisando a história é possível identificar diversas ocasiões onde mudanças tecnológicas contribuíram de maneira significativa para as formas de gestão adotadas pelos empreendedores. Algumas destas façanhas foram feitas a milhares de anos e continuam nos impressionado pela sua complexidade, obras que mesmo hoje seriam de uma dificuldade extrema. Podemos citar obras arquitetônicas como as Pirâmides, a Grande Muralha, as Acrópoles, entre outras que denotaram um planejamento gigantesco, obras que sem um grande líder, com um vasto conhecimento e técnicas avançadas de gestão nunca teriam sido possíveis.

            Algumas formas de gestão nunca teriam sido possíveis caso alguns acontecimentos não ocorressem em um determinado espaço de tempo. O melhor exemplo disto foi a Revolução Industrial onde ocorreram diversas transformações que mudaram para sempre a forma como o homem vê o trabalho. A partir dela o trabalhador teve uma desvalorização que ainda nos dias de hoje não foi reconquistada. Mas é certo afirmar que ela não foi de fato uma revolução, e sim uma consequência de eventos que se sucederam.

            A revolução industrial começa com alguns pensadores discutindo o papel e a interferência do estado na economia, somente depois deles prepararem o terreno é que foi possível que as mudanças necessárias ocorressem. Sem este pano de fundo, todo o resto não teria acontecido simplesmente porque não haveria motivo para produção em grandes escalas, uma vez que o protecionismo impediria que os países exportassem seu excedente a preço competitivo.

Antes da invenção da maquina a vapor, por exemplo, existiam barreiras virtualmente intransponíveis. Era impossível que qualquer bem produzido longe de uma rota marítimo-fluvial tivesse um preço razoável pelo simples fato de que transportar qualquer coisa por via terrestre era extremamente caro, ineficiente e demorado. Lembrando que o único meio de tração terrestre era por meio animal, o que limitava tanto a velocidade, como a quantidade que poderia ser transportada desta forma. Outro problema era que as matérias-primas demoravam à ser transformadas em outra coisa, a maneira mais rápida de se processar determinados insumos era utilizar a força dos rios, com grandes rodas da agua, ou em alguma locais, com cata-ventos, mas fora dessas localidades a única forma de mover algum mecanismo era por tração animal.

Esses dois fatores traziam outro problema, a falta de regularidade na disponibilidade de materiais para a confecção de qualquer coisa em larga escala e mesmo que por coincidência, houvesse uma fonte de matéria-prima, próxima a uma unidade de transformação do lado de uma indústria manufatureira, não haveria como levar o produto final com facilidade para outras localidades a menos que houvesse um grande porto na cidade. Percebesse que são poucas as cidades que poderiam oferecer tais condições.

Com a invenção do motor a vapor algumas coisas começaram a mudar, e a indústria q inicialmente mais se beneficiou desta invenção foi a têxtil, principalmente na Inglaterra, que por “coincidência” era uma grande zona portuária.

Apenas com a invenção do trem e com a disseminação das estradas de ferro foi possível que pela primeira vez na história houvesse uma maneira, rápida, segura, eficiente, barata e contínua que não dependesse da boa vontade dos deuses do vento para funcionar. Foi só então que foi possível o surgimento das famosas produções em massa, motivo principal pelo qual a revolução industrial ficou conhecida.

Estas mudanças possibilitaram que estudiosos da época focassem em tornar os processos mais eficientes e não só os processos em si, mas também as pessoas que executavam estes processos. Tudo isso formou uma base sólida para as teorias que empregamos hoje em administração e gestão, tanto de produtos, processos e materiais como de pessoas.


Gestão nos Dias de Hoje

Atualmente estamos vivendo a era da informação e da globalização, outra consequência dos efeitos da tecnologia sobre os processos de administração. Hoje mais do que nunca é essencial ter uma visão do todo, pois tudo sofre interferência de tudo. Aquele que não presta atenção nas mudanças globais fica para traz em questão de meses. Cada vez mais foca-se na gestão de pessoas e da informação, que são os maiores problemas das organizações nos dias de hoje.

Criaram-se diversos modelos para tentar controlar e monitorar as organizações, muitos deles baseados em hierarquias utilizadas a milhares de anos pela igreja e os exércitos. Tenta-se ao máximo criar grupos de controle para ter maior domínio de cada etapa dos processos. Já se tem consciência que cada parte da organização faz parte de um todo, muito maior e mais importante que cada órgão separado.

É importante também que lembremos que estão aparecendo desafios e obstáculos importantes a serem superados. Sustentabilidade, é sem duvida o maior e mais importante que temos pela frente, já se percebe que não vivemos em um planeta com recursos infinitos, e que no atual ritmo do mundo, o colapso é inevitável. Mudanças são exigidas, e as organizações que não se aterem a elas, sem duvida perecerão, os modelos que regem o mundo serão substituídos e uma nova revolução terá inicio. Estamos fazendo parte dela, assim como os pensadores da época do protecionismo econômico, somos os “Adam Smith’s” da nova revolução, desenvolvendo um papel crucial, na mudança de pensamento do mundo.


Conclusões

            A história tem nos ensinado, valiosas lições que podemos ou não aprender. Organizações que não olham para o passado estão fadadas a cometer os mesmos erros de seus antepassados e pagar por eles em moeda corrente. Cada organização é única, e possui métodos, ferramentas, planos e estratégias que funcionam e outras tantas que são inaplicáveis, porem todas tem coisas em comum, sempre é preciso se olhar para o todo, sempre se deve valorizar o fator humano, sempre deve haver comunicação clara entre as partes, deve ser competitiva, inovadora, ter um norte e aceitar que certas ideias não farão bem, entre tantas outras coisas. O principal é sem duvida, saber observar ao redor, aprender com seus erros, se levantar e ir em frente, saber ouvir e o que mais falta hoje, ter consciência e educação.


Guilherme Thomas

PS. Buriol, este blog é meu, eu não copiei daqui o trabalho... :)

sábado, 31 de março de 2012

Liderança e Comunicação



Liderança é a capacidade de influenciar um individuo a realizar determinada ação. Marx Weber define a liderança em três tipos de coação: seja pela autoridade, respeito ou carisma.
 Líderes autoritários tendem a ser temidos devido à possibilidade real, ou imaginária, de punição em caso de desacato, comunicando-se principalmente por meio de ordens apoiadas em procedimentos burocráticos e são comumente encontrados em cargos de chefia na maioria das empresas. Alguns ótimos exemplos de organizações autoritárias são os exércitos, órgãos de segurança em geral, como as polícias e também as entidades religiosas.
Relações de dominação tradicionais são à base de muitas culturas orientais, onde a liderança é exercida pelo homem mais velho (nas sociedades patriarcais) ou em alguns raros casos pela mulher mais velha (sociedades matriarcais). A base desta conduta é a cultura de respeito e honra, podendo ser exercida também por pessoas memoráveis que conquistaram esse grau de respeito. Como exemplo de patriarcalismo, podemos citar as culturas japonesa, mongol e chinesa, já culturas matriarcais são mais raras as mais conhecidas são adotadas por algumas tribos africanas.  
O atributo do carisma é o definidor do ultimo tipo de liderança destacado por Weber em seus estudos, e também é a liderança que exerce maior poder sobre os indivíduos. Pessoas carismáticas utilizam de seu atributo desenvolvido, para influenciar as pessoas a executarem suas ordens, que podem passar despercebidas devido à conduta do líder. Como exemplo de lideres carismático podemos citar Lula, ex-presidente do Brasil, Gandhi, Nelson Mandela entre outros, que através de seu enorme carisma, convenceram populações inteiras a apoiarem suas causas.

                                               Guilherme Thomas – Segurança Pública

terça-feira, 1 de novembro de 2011

INSENSATEZ

“Resumo do Plantão Gaúcha - Rádio Gaúcha:
— Tinta que mancha notas em caixas eletrônicos detonados com explosivos não é usada por nenhum banco no Rio Grande do Sul.” Fonte:http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Geral&newsID=a3546659.xml
Alguém, pelo amor de são Genaro, me explica o porquê diabos os meios de comunicação insistem em divulgar esse tipo de informação?!?! SÉRIO!!! Não tem caixa eletrônico sendo explodido de chega?! Por favor, ninguém pensa um segundo a frente?! Sou só eu quem percebe que falar isso em uma rádio, depois divulgar num jornal é uma tremenda estupidez?! Não estou me referindo à censura. Sim, os meios de comunicação devem ter o direito de falar qualquer abobrinha, expor qualquer pilantragem, não é disso que estou falando. ESTOU FALANDO DE BOM SENSO!!! Existe uma enorme diferença entre divulgar que a “EPTC se prepara para endurecer punições aos motoristas que não respeitarem faixas de segurança” e divulgar que a segurança de um local que já é alvo de bandidos é falha. No primeiro caso, os motoristas vão ficar espertos e moderar seus comportamentos, já no segundo... Bom, é meio obvio, que se tinha algum bandido, com duvidas quanto fazer um assalto a caixa eletrônico a balança acaba de ter seu equilíbrio alterado. Não é admissível que pessoas que tenham feito pelo menos uma faculdade de no mínimo quatro anos não sejam capazes de perceber que certas informações NÃO DEVEM SER DIVULGADAS!

Por favor, já é sabido que divulgar suicídios nas mídias aumenta a ocorrência dos mesmos, e que por isso mesmo, os meios de comunicação firmaram um “acordo de cavalheiros” que “acoberta” estas situações. Será que é tão difícil de perceber que divulgar falhas nas seguranças, assim como novas abordagens que os órgãos de segurança vão implementar É UMA BURRICE SEM TAMANHO?! O que esta faltando para que alguém tome uma atitude semelhante a dos suicídios? Que um jornal divulgue uma falha qualquer, ou uma nova abordagem/tecnologia dos órgãos de segurança e aconteça um atentado com dezenas, milhares de mortos? A copa do mundo tá aí. Preparem-se.

sábado, 29 de outubro de 2011


CRIMINALIDADE E O TAMANHO DAS CIDADES BRASILEIRAS:
UM ENFOQUE DA ECONOMIA DO CRIME.
                                                          Um artigo de Cristiano Aguiar de Oliveira

A criminalidade é um tema complexo de se trabalhar, pois envolve diversas áreas do conhecimento tais como: sociologia, psicologia, demografia, criminologia, economia entre outros. Existem ainda alguns aspectos que devem ser levados em conta quando se analisa a criminalidade em determinado cenário, tais como: a população/tamanho da cidade, a renda, o índice de desigualdade, o acesso aos níveis de ensino, a densidade demográfica, o percentual de pobres, o percentual de mulheres chefes de família e o percentual de famílias residindo em sub-habitações. 

É possível calcular a predisposição de um individuo a vir cometer um crime com base em variações da seguinte equação proposta por Becker, G. S. em “Crime and Punishment: An Economic Approach”, Journal of Political Econom. de 1968:

B > W+M+ C + P(Pu)

“onde B representa os benefícios do crime, W é o custo de oportunidade, M é o custo moral, C é custo de execução e planejamento do crime e o termo P(Pu) representa o custo associado a punição (Pu) e sua respectiva probabilidade de ocorrer P.” - Cristiano Aguiar de Oliveira. As variações desenvolvidas por Aguiar de Oliveira podem ser conferidas em seu artigo: CRIMINALIDADE E O TAMANHO DAS CIDADES BRASILEIRAS: UM ENFOQUE DA ECONOMIA DO CRIME. Elas não serão apresentadas aqui. As variações de Oliveira levam em conta os já citados aspectos de cenário, e estes serão explicados a seguir.
           
            O tamanho da cidade está diretamente relacionado com a criminalidade como é mostrado no gráfico abaixo.

Fonte: Cristiano Aguiar de Oliveira, CRIMINALIDADE E O TAMANHO DAS CIDADES BRASILEIRAS:
UM ENFOQUE DA ECONOMIA DO CRIME.
Isto se da pelo fato de quanto maior a cidade, maior o anonimato, o que diminui a probabilidade de ser punido, há também uma maior disparidade econômica que leva a um grau de frustração maior com relação aos bens materiais. Em uma cidade pequena, onde praticamente todas as pessoas se conhecem, o grau de anonimato é menor, reduzindo a probabilidade de uma pessoa não ser descoberta. 

            A renda também é um fator determinante, desde que dividido entre renda dos ricos e dos pobres. Um aumento na renda da população rica exerce um efeito atenuante sobre a incidência de crimes, já uma elevação na renda dos moradores pobres incide em uma diminuição na criminalidade. Isto se atrela diretamente com a questão de disparidade econômica, uma vez que o trabalhador pobre pode recorrer a uma maneira de menor risco para sua subsistência isto há de pesar contra sua predisposição de entrar no mundo do crime.

            Foi constatado também que o índice de instrução das pessoas afeta negativamente a criminalidade, reduzindo-a. Entretanto não há uma relação significativa entre a educação básica e o crime, uma vez que no Brasil para que sejam abertas portas no mercado de trabalho, há a necessidade de um grau de estudo mais elevado, tendo seu ápice com o nível superior.

            Áreas mais densamente povoadas tendem a “atrair” um aumento de criminalidade, por concentrar mais riqueza em um menor espaço, tornando o trabalho do ladrão mais fácil, pois maior é a probabilidade de a vítima vir até ele.

            Outro fator é a quantidade de pessoas com baixa renda e vivendo em situações precárias, principalmente se a disparidade econômica for grande. Em determinadas áreas de baixo poder aquisitivo e sub-habitações pode ocorrer uma inversão de valores, onde os bandidos são os mocinhos, que lutam pela “igualdade social”.

            Por ultimo há também a porcentagem de mulheres chefe de famílias. Neste caso, geralmente a renda eh extremamente baixa, pois a mãe muitas vezes para sustentar a família, precisa deixar o cuidado dos filhos com terceiros, ou em casos extremos, abandonados.

            Uma vez quantificados estes valores é possível prever a disposição de determinado individuo de vir a entrar para o crime.

Fonte: http://www.ppge.ufrgs.br/giacomo/arquivos/diremp/oliveira-2005.pdf

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Segurança Publica


                O significado de “segurança publica” é na melhor das hipóteses complexo. Se perguntarmos a diferentes pessoas o seu significado, talvez tenhamos uma resposta diferente para cada entrevistado. Explico. Segurança publica poderia ser definido como: “manter a ordem”, por exemplo, mas esta resposta esconde um significado muito mais profundo, que vem passando despercebido em muitos lugares. Afinal de contas, segurança publica implica em as pessoas poderem sair de casa e não serem assaltadas, correto? Bem... Sim. Mas como exatamente esta situação poderia ser resolvida? Não tenho duvida que, 99% das pessoas responderiam algo como: colocar mais policiais nas ruas, punir as pessoas que cometem delitos de maneira mais rigorosa, etc. Resumindo: “Vigiar e Punir”. 
 
Mas será que esta é realmente a melhor maneira de resolver o problema? Nos Estados Unidos, um dos países que possui uma das polícias mais eficientes do mundo, não vemos os resultados de tais medidas. Porem logo ao norte dos EUA, ao cruzar a fronteira, as pessoas não tem o costume de chavear as portas!!! Bem vindo ao Canada! Um dos países mais seguros do planeta, assim como o Japão, entre outros que adotaram uma maneira diferente de encarar o problema. Nestes lugares não há a necessidade de policiais armados em cada esquina, aliás, no Japão, eles possuem apenas apitos. 
 
Bom, então o que há de tão diferente nestes países? Bem, o próprio leitor é capaz de responder a essa pergunta. Imagine a seguinte situação: Se no lugar de nossos habituais “brigadianos” armados, colocássemos os “policiais com apitos” – e apenas apitos –do Japão, o que você, leitor, acha que aconteceria? Exatamente, teríamos que nos trancar em casa com armas apontadas para as portas e janelas. Ok, e se déssemos armas de alto calibre para nossos policiais, aumentássemos o efetivo, o crime diminuiria? Diminuiria a ponto de podermos dormir de portas destrancadas? Claro que não, poderíamos dar tanques de guerra aos nossos policiais que isso não mudaria... Opa! Espere um pouco... Ah! É mesmo! Isso já aconteceu no Rio de Janeiro!!! Nós temos um problema cultural gravíssimo no Brasil, não apenas no Brasil, em boa parte do mundo.

Cultura e educação são as chaves aqui. No Brasil, temos o famoso “jeitinho brasileiro” para contornar... Tudo. De fato o brasileiro se supera na arte de fazer qualquer coisa da maneira mais conveniente para si, sem se importar com mais nada. Em Países desenvolvidos culturalmente, como os já citados, a população tem um senso de grupo, o famoso “não fazer para os outros, aquilo que você não gostaria que fizessem com você.” Ou melhor, “fazer aquilo que você gostaria que os outros fizessem por você.” Vou esclarecer um pouco mais: se eu perco a minha carteira, eu gostaria e muito, de ter ela devolvida como eu a perdi, logo, se eu encontrar uma carteira, eu vou devolver ela como eu a encontrei. Um povo culto tem orgulho de ser honesto e não de achar um “jeitinho” para tudo.

Você deve estar se perguntando “e o que a segurança publica tem a ver com isso?” é elementar meu caro Watson, tudo. Cabe às secretarias de segurança publica identificar e adotar estratégias para enfrentar este problema da maneira mais precisa possível. Atualmente pode-se definir as estratégias adotadas – se é que podemos chamar isso de estratégia – como newtonianas, “ação e reação”, “crime e castigo”, “vigiar e punir” ou simplesmente: medievais. Espera-se que o crime ocorra para que o criminoso possa ser punido. Já deveria estar claro que reagir é ruim, e que agir é bom.  Segurança publica deveria ser sinônimo de ação, de força pensante, de estratégia e não de reação ostensiva. Claro que existem outras coisas mais obscuras por traz de a segurança publica ser tão ineficaz em nosso país – jogos políticos – onde voto vale mais que qualquer boa ideia. Mas a essa altura, o leitor já deve ter percebido que este é mais um problema cultural que a segurança publica deve pensar. Segurança publica nada mais é do que: uma força pensante, que visa apaziguar os conflitos culturais em todas as esferas de um determinado cenário. Ou pelo menos deveria ser...

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Ir!s


And I'd give up forever to touch you
'Cause I know that you feel me somehow
You're the closest to heaven that I'll ever be
And I don't want to go home right now
And all I can taste is this moment
And all I can breathe is your life
And sooner or later it's over
I just don't want to miss you tonight

And I don't want the world to see me
'Cause I don't think they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am

And you can't fight the tears that ain't coming
Or the moment of truth in your lies
When everything feels like the movies
Yeah you bleed just to know you're alive

And I don't want the world to see me
'Cause I don't think they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am
And I don't want the world to see me
'Cause I don't think they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am

And I don't want the world to see me
'Cause I don't think they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am
I just want you to know who I am
I just want you to know who I am
I just want you to know who I am

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Count!ng...

“Um minuto para o fim do mundo,
Toda sua vida em 60 segundos
Uma volta no ponteiro do relógio pra viver
O tempo corre contra mim, sempre foi assim e sempre vai ser...
Vivendo apenas pra...” - CPM 22 - Um minuto para o fim do mundo.

"Um minuto para o fim do mundo" se isso fosse verdade, como as pessoas reagiriam? Talvez alguns ligariam desesperados para suas famílias... Outros entrariam em pânico e desperdiçariam seu ultimo minuto correndo e gritando... Alguns ficariam paralisados pelo medo... Mas é praticamente impossível predizer o que alguém faria numa situação como essa, afinal de contas, um minuto não é lá grande coisa. Mas esse um minuto não seria um minuto qualquer, ah não mesmo! Ele demoraria uma eternidade para passar! Pensamentos como "minha vida valeu a pena? eu fiz tudo o que queria? Eu poderia ter feito isso ou aquilo diferente! Então é isso? Acabou..." seriam apenas alguns dos muitos que brotariam da mente de cada ser humano que não estivesse correndo de um lado para o outro com as mãos na cabeça gritando "AAAHHH!!!". E o que eu faria? É simples, ligaria para as pessoas que amo e diria isso para elas mais uma vez! De fato, é bem provável que seja irrelevante o que se faça numa hora dessas... ao menos que realmente exista vida após a morte, o que seria bem interessante. Mas e se fosse uma hora para o fim do mundo, o que as pessoas fariam? Provavelmente este seria o pior cenário. Por que? Simples! porque as pessoas teriam tempo, e como todos morreriam mesmo, não haveria conseqüências. Entretanto o tempo é limitado, não adiantaria roubar um banco, os alvos seriam os que trariam alguma "satisfação" imediata. Os mercados seriam alvos certos, muitos se enxeriam de comida, ou bebida. Mas isso é o de menos. Haveriam brigas, mortes e estupros acontecendo em cada esquina. A terra se tornaria um inferno! Quanto mais tempo é dado, mais previsível fica o comportamento. Se fosse duas semanas ou um mês ou mais, as coisas começam a mudar, não só os mercados seriam alvos, mas praticamente qualquer estabelecimento que venda desde, carros a eletros-domésticos. Com mais tempo, grupos se organizariam, alguns tentariam defender suas famílias e amigos, ou seus ideais, outros formariam bandos para saquear, matar, etc. Gostaria de ilustrar o que digo com a reportagem a seguir.

"Professora anuncia fim do mundo a alunos de 6 anos

Com a intenção de incentivar seus alunos a "desfrutar mais de cada momento", uma professora britânica do colégio particular Saint Mathiu, de Manchester, comunicou aos seus alunos do primário que um meteoro se aproximava com muita rapidez da Terra. Frente a suposta catástrofe, insistiu aos pequenos que ligassem para suas casas e declarassem seu amor para seus pais e irmãos. Porém, a professora logo perdeu o controle de suas boas intenções, exagerando na história, e muitos dos alunos começaram a chorar copiosamente, alguns corriam pelos corredores enquanto outros saqueavam a cantina. A polícia foi chamada para controlar a situação, visto que muitos pais que receberam as ligações de despedida dos filhos se revoltaram quando souberam da história. Segundo declarou o pai de uma criança, seu filho estava "com 100% de certeza que iria morrer. Só Deus sabe o que a professora queria ensinar"

dados retirados do New York Times 09/02/06

Ééééé Mr. M... Espero que nunca anunciem o fim do mundo! Mas o mais interessante seria se por algum acaso, o mundo não acabasse... Os humanos teriam revelado quem realmente são, a maioria teria cometido tantas atrocidades que se tivem seu juizo restaurado provavelmente se matariam. o Mundo teria virado um inferno, e seria dificil de reergue-lo. Mas, ver a verdadeira natureza dos seres humanos, isso sim, seria o verdadeiro inferno... É assustador, imaginar esse cenário, mas um pequeno descuido pode fazer com que ele se torne nosso pior pesadelo! Concluo este devaneio sobre o fim do mundo com o seguinte:

"Time is a valuable thing
Watch it fly by as the pendulum swings
Watch it count down 'till the end of the day
The clock ticks life away

It's so unreal

You didn't look out below
Watch the time go right out the window
Trying to hold on, to didn't even know
I wasted it all just to..."

Linkin Park - In the end.